Vejo você sentado na frente da roda com a minha vida, o meu barro girando disforme.
Tuas mãos acariciam o barro, umidecem sua dureza com a água da Vida, várias formas surgem e “dis.surgem”.
Tuas mãos se cobrem com a lama do meu barro, se misturam com os pedaços que surgem.
A roda da vida gira e gira e gira, as formas mudam, mudam e mudam.
Cada etapa da vida tem uma forma que antecede a outra.
A seguinte está impregnada da anterior.
Tuas mãos ficam cada vez mais cobertas do barro que se desprega, da lama que bezunta e se mistura com a forma.
Teus dedos firmes e precisos moldam novas formas.
O novo surge, aparece, com um espaço interno para ser preenchido com Tua presença.
O espaço está aparente.
Você olha, toca suavemente, apara arestas, acaricia o barro, modela, define o espaço interno.
A forma surge, o barro obedece conforme o oleiro deseja.
A nova forma se estabelece: minha vida surge plena da tua Vida!
Reflexão sobre o texto de Jeremias 18:1-4